Lolita (comumente chamado de Loli) é um estilo japonês de moda
cujas primeiras manifestações apareceram em fins da década de 70 e
começo da década de 80. No Brasil, adotou-se também o termo japonês
"Roriita", devido à restrições do Google e do Orkut (nesse,
principalmente, o único termo usado é Roriita) em relação ao uso da
palavra Lolita. Inspiradas em parte na cultura 'kawaii' (fofa ou
adorável) japonesa e na nostalgia de outros tempos - sejam períodos
históricos (vitoriano ou Rococó) ou simplesmente da própria infância -
as lolitas se dividem em vários sub-estilos, sendo alguns polêmicos e de
existência controversa.
Há também certa preocupação com parecer infantil, elegante ou
modesta, evitando uma imagem adulta, sexualizada (independente do
sub-estilo) ou vulgar. Saias rodadas no comprimento do joelho, em forma
de sino e suportadas por anáguas,renda de boa qualidade (geralmente
algodão), decote alto, cabelos cacheados e/ou acompanhados a uma franja
reta e tecidos pouco brilhantes são comuns a todos os estilos.
Entre os tecidos mais usados, o que predomina é o algodão. Tricoline e
até chiffon podem ser usados, além de outros tecidos de fibras naturais
e de boa qualidade. Tecidos brilhantes como cetim são sempre evitados,
pois podem dar uma aparência barata ou vulgar a uma peça Lolita.
Cultura Lolita
Antes de tudo, deixemos bem claro que lolita é um estilo, ou seja,
roupa e, portanto, não existe de fato uma "cultura". Isso depende do
usuário, não existe um tipo de personalidade Lolita.
Ainda existem muitos estilos de lolita que não são considerados
"oficiais", pois uns dizem que existe e outros afirmam que não existe.
O mundo das "Loli", como às vezes as pessoas que se vestem segundo o
estilo se denominam, tem base na época Vitoriana, no Rococó e em certo
saudosismo quanto à modéstia e elegância das roupas. Há também a
intenção de se parecer infantil em boa parte dos estilos, com saias
rodadas, sempre na altura dos joelhos, rendas, laços e babados. No
Brasil, as pessoas muitas vezes têm de recorrer à costureiras e às
poucas marcas japonesas (e americanas)como Baby the Stars Shine
Bright,Angelic Pretty e Innocent World que exportam, pois ainda não há
lojas especializadas baseadas no país.
Muitas vezes usários e fãs de Lolita são vistos também como fãs de visual kei ou de j-rock.
Isso não corresponde necessariamente à verdade. Muitas lolitas não
possuem o menor interesse nas bandas visuais ou em rock, independente de
onde ele venha. Essa situação é especialmente visível no Japão, em que
há uma cisão entre as lolitas que preferem outros estilos de música e a
minoria que prefere visual kei e outros estilos teoricamente similares, relacionados ou subestilos, tais como oshare kei - sendo que estas são conhecidas como bandogyaru ou bandgirls. Bandas japonesas como Malice Mizer, Moi dix Mois, Antic Cafe/An Cafe, Psycho le Cému e Vidoll tem membros influentes na comunidade Lolita e que diversas vezes também aparecem em editoriais de moda nas revistas Gothic & Lolita Bible e Kera. As cantoras Nana Kitade e Kana
são adeptas do estilo, embora sejam confundidas com músicos de visual
kei por quem tem conhecimento superficial sobre o assunto.
As Lolitas muitas vezes freqüentam karaokê, fazem piqueniques, promovem encontros regulares para tomar chá, ou apenas ir à cafeterias e confeitarias.
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