Em Fevereiro, as vitrines e as prateleiras das lojas de todo o Japão
ficam repletas de caixas de bombons e chocolates de todos os tipos. Não,
não estamos falando da Páscoa e sim do Valentine’s Day. Se no Brasil o
Dia dos Namorados é comemorado em 12 de junho, no Japão a data é
celebrada em 14 de fevereiro, dia de São Valentim, padroeiro dos
namorados.
No Japão, a data é marcada pela troca de chocolates quando as
mulheres oferecem ao amado a guloseima. O ritual não acontece apenas
entre casais. A maioria das mulheres presenteiam com chocolates os
amigos, colegas de trabalho e familiares. A tradição também acontece
entre os mais jovens. Meninas oferecem aos seus amigos nas escolas e até
à amigas, irmãs e irmãos mais velhos.
Os japoneses são tímidos e é no Valentine’s Day que as meninas podem
demonstrar que sente algo mais por aquele amigo. Isso porque cada
chocolate é dado com uma finalidade. O giri choco é a caixa mais em
conta para presentear colegas, chefes e pessoas com quem você convive.
Mas para o namorado ou pretendente, a mulher geralmente compra um honmei
choco, que é aquela caixa bonita, toda enfeitada, e cheia de chocolates
especiais.
Algumas japonesas preferem preparar doces, bolos e as mais variadas
guloseimas de chocolate em casa, porque tudo o que é feito manualmente
(tezukuri) é considerado mais valoroso.
Os homens retribuem as guloseimas com chocolates brancos no dia 14 de
março, conhecido como “White Day” (dia branco), considerado como o “Dia
das Namoradas”.
Os brasileiros que vivem no Japão aproveitam o Valentine’s Day para celebrar de forma especial o Dia dos Namorados.
A ideia teve início na era Showa (1926-1988) quando uma marca de
doces lançou o primeiro anúncio de seus produtos para o Dia dos
Namorados. Somente a partir dos anos 70, depois que empresas como a
famosa Morinaga lançaram campanha de chocolates para os namorados
anualmente, a data passou a ser associada ao dia 14 de fevereiro.
Histórias sobre a data de 14 de fevereiro ser associada ao dia dos namorados e a São Valentim
• Como várias outras histórias e lendas, existem sempre mais de uma
versão. Uma das mais conhecidas narra à história de um padre chamado
Valentim, que no século III, na Roma Antiga, teria sido condenado à
morte por ir contra a ordem do Imperador Claudio II, que havia proibido o
casamento durante as guerras, pois na concepção do Imperador, os
solteiros eram melhores combatentes.
Apesar da proibição do Imperador, Valentim continuou celebrando
casamentos e contam que ele próprio se casou secretamente. A prática foi
descoberta e Valentim foi preso e condenado a morte.
Enquanto preso à espera de sua execução, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor.
Diz-se que Valentim também se apaixonou enquanto preso pela filha
cega de um carcereiro, que “milagrosamente” voltou a enxergar. Antes de
sua execução em 14 de fevereiro, Valentim escreveu uma mensagem de adeus
para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte, em 14
de fevereiro, também marca a véspera da celebração “Lupercais”, que eram
festas anuais celebradas na Roma antiga em honra da deusa Juno
(protetora da mulher e do matrimônio) e do deus Pan (protetor da
natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade,
em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres
com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
• Outra versão conta que no século XVII, ingleses e franceses
celebravam São Valentim no dia 14 de fevereiro como a união do Dia dos
Namorados. Nos Estados Unidos, a data passou a ser comemorada um século
depois como Valentine‘s Day (Dia de São Valentim).
• Há ainda uma versão mais inusitada, relatada na Idade Média.
Acreditava-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia do
acasalamento dos pássaros e, nesta data, os amantes aproveitavam para
deixar mensagens de amor na porta das donzelas.
No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho, justamente no dia
seguinte quando se comemora o dia de Santo Antônio, conhecido no país
como o “Santo casamenteiro”.
Principais palavras japonesas relacionadas ao Dia dos Namorados no Japão
Barentain dee: Dia de São Valentim – 14 de Fevereiro
Lotte: famoso fabricante/marca de chocolates/doces
Meiji: famoso fabricante/marca de chocolates/doces
Godiba (Godiva): marca de um dos chocolates mais
caros, custando entre 1.000 a 10.000 mil ienes a caixa. São oferecidos
aos amados, ou a pessoa que deseja sair/namorar
Toryufu: trufas de chocolate. São os chocolates mais
comuns, custando entre 300 ienes a 500 ienes a unidade. Oferecidos aos
amigos, colegas de trabalho, colegas de escola
Honmei choko: caixa de chocolate especial dado à pessoa amada ou para a pessoa que deseja sair/namorar
Giri choko: caixa de chocolate mais em conta, que normalmente é oferecida aos colegas de trabalho e pessoas com quem convive o dia a dia
Chokoreeto ou Choko: chocolate
Tezukuri choko: chocolate caseiro. Muitas garotas
fazem os chocolates como forma de colocarem os seus sentimentos na
guloseima. É considerado como muito especial
Howaito dee: (White Day – Dia branco) – comemorado
em 14 de março, dia em que os rapazes oferecem ou retribuem o chocolate
que recebeu no dia de Valentine´s Day
Koku haku: admissão de afeto por alguém, confissão de amor
Tomo choko: chocolate oferecido aos amigos
Tomo: amigo
By: Mundo-Nipo
legal, adoraria ganhar uma caixa de chocolate de uma garota japonesa.
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