3º Exposição de Washi-ê


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Arte através da colagem,  justaposição e sobreposição do washi – papel especial japonês


Em 1956, Haru Nakano iniciou o trabalho de Tiguiri-ê, quando se sentiu apaixonada pelo washi (papel tradicional e artesanal japonês) confeccionado pelo Sr. Gishiro Abe. Esse washi era mais espesso, e que ao ser rasgado na transversal conseguia-se uma folha mais fina e que resultava em diferente efeito nessa arte de rasgar e colar o papel washi para compor um desenho. Ainda hoje, existem muitas escolas no Japão onde se ensina oTiguiri-ê que também era conhecida como Hari-ê.
O termo Washi-ê foi adotado a partir do trabalho de pesquisa da profa. Koseki Sato. O seu conteúdo consistia em buscar formas de tingimento que apresentassem colorações firmes além de proporcionar variadas nuanças de cores e texturas. Em 1974, realizou uma grande exposição que teve repercussão internacional e patenteou o termo WASHI-Ê.
“Washi-ê é a arte que utiliza como material, papéis artesanais japoneses, confeccionados com as fibras da planta Kozo, Mitsumata e Gampi. Incluímos também nas criações, papéis feitos com as nossas fibras: sisal, ananás, bananeira, cana, etc., com o objetivo de mesclar a forma da arte tradicional japonesa à realidade brasileira. O washi-ê explora as diferentes texturas, cores e nuanças dos papéis que desfiados, dobrados e justapostos, resultam em obras que vão do figurativo ao abstrato. Com o domínio da técnica, cada um irá explorar, a seu modo, os recursos que os papéis oferecem para elaborar além dos tradicionais quadros, decorações  nos objetos como: luminárias, porta-corrediça, leques, porta-joias, bolsas, etc., possibilitando ressaltar e valorizar a beleza do próprio papel que transmite sensações de leveza, maciez e calor humano.”
Profa. Luiza S. Y. Okubo



Esta 3ª Exposição de obras realizadas a partir do papel washi ganha um diferencial no momento em que deixa o espaço mais restrito de um ateliê e será apresentada num endereço já emblemático da cidade de São Paulo: o bairro da Liberdade.
Esse local privilegiado proporcionará a todos, expositores e público, uma experiência diferente e, certamente, enriquecedora.
Das artes Japonesas como Origami, Kirigami, Oshibana-ê, etc, a prática do Washi-ê é uma das menos conhecidas, o que nos possibilitará levar a um público mais amplo, muitas das possibilidades de utilização e manuseio do papel washi.
Considerando que o bairro da Liberdade é um dos pontos turísticos mais movimentos da cidade nos finais de semana, com grande afluxo de pessoas de todos os lugares, inclusive de fora do Brasil, a oportunidade de expor esses trabalhos trará uma grande troca entre o público e os expositores, uma vez que além de apreciar as obras expostas, as pessoas também poderão experimentar essa arte nas oficinas que serão oferecidas no local.
A arte sempre faz bem: para quem faz e para quem aprecia.
Com essa exposição, desejamos trazer ao público um pouco do que a nossa convivência com o Washi-ê transformou em beleza e cor!


Na trama do papel
o entrelaçar-se da teia da vida…
Antes planta,
nascida em terras distantes,
transformada pelas mãos dos homens,
atravessa o mundo para nos ensinar todas as possibilidades de
representar, reproduzir a vida e suas imagens em múltiplas formas.
Washi nas mãos! A primeira sensação é de calor, de que tocamos algo que contém vida!
E, a partir desse primeiro contato, sobrepondo aqui, rasgando ali, criando um volume, um brilho, uma transparência, as imagens vão nascendo e nos surpreendendo!
Ao manipular beleza e delicadeza, as mãos cumprem um ofício, enquanto a alma se eleva e se reconecta com a Natureza!

Fonte: JapanFoundation


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