Ikebana





Prática de arranjos florais que era, inicialmente, associado ao budismo e aos Mosteiros Zen, se popularizou no Japão e transformou-se em parte importante da cultura do País.
Assim surgiram as técnicas, estilos, escolas e regras que contribuíram para difundir esta bela expressão artística.
Esta arte é tão popular no Japão e no mundo que nos dias atuais existem mais de três mil escolas que ensinam esta maravilhosa arte e mais de quinze milhões de praticantes entre homens, mulheres e crianças.
Cada escola tem seu estilo, as quais seguem um conjunto determinado de regras e técnicas.
Algumas destas escolas são:

Estilo Ikenobo

Considerado o mais antigo dos estilos, surgiu em um templo de Kyoto, há quase 500 anos, pelas mãos de Senkei Ikenobo e Senno Ikenobo. Desde então, através de gerações, a família Ikenobo vem desenvolvendo e divulgando a arte do ikebana. Os primeiros mestres estabeleceram o formato rikka para suas composições. Rikka é o arranjo que herdou o princípio do tatehana, arranjo simétrico, elaborado com devoção aos deuses e aos antepassados. No rikka, os galhos saem do vaso recriando o conjunto da paisagem.
Dois séculos depois, foi criado o formato shoka, e o número de praticantes do ikebana cresceu bastante. Shoka valoriza o vigor e a versatilidade das plantas, quase sempre formando uma meia-lua.
Outros formatos surgiram com o tempo, pois as gerações sucessoras da família Ikenobo adaptaram a arte ao estilo de vida daquele momento. Atualmente, o mestre Sen-ei é o 45º da linha sucessória da família Ikenobo.

Estilo Sogetsu

Um dos mais novos estilos, originou-se pelas mãos de Sofu Teshigahara. Nascido em 1907. Com apenas 25 anos, Teshigahara começou sua escola de ikebana, onde, encarando-a como arte, passou a utilizar-se de todo o tipo de material, e não apenas aqueles oferecidos pela natureza. A primeira exposição individual desse mestre aconteceu em Tokyo, em 1933, quando ele utilizou sucata de metal em sua composição. Com a convicção de que o ikebana era uma arte, não só para o Japão, mas também para o mundo, Teshigahara procurou divulgar seu trabalho. Assim, personalidades como a rainha Elizabeth II, a princesa Diana, e a senhora Gandhi já freqüentaram aulas da Escola Sogetsu de Ikebana.

Estilo Ohara

A Escola de Ikebana Ohara começou no período Meiji (1867 a 1912). Unshin Ohara chegou em Osaka com a pretensão de se tornar um escultor. Com a saúde precária que tinha, preferiu dedicar-se ao ikebana, já que havia estudado na Escola Ikenobo, cujo estilo considerava demasiadamente rígido e formal.
Na época, com a abertura dos portos ao exterior, o Japão via a chegada de novos tipos de flores do ocidente. Ohara desejou utilizá-los em seus arranjos. Então, ele fez um arranjo diferente sobre um suiban (vasilhame parecido com uma bacia rasa) que ele mesmo criou. O formato, que ficou conhecido como Moribana, chocou os mestres da época, pois a montagem dos galhos e flores se dava como se estivessem sendo empilhados.

Estilo Sanguetsu

Cumprindo o propósito de ajudar na construção de um mundo melhor, a Academia de Ikebana Sanguetsu, ligada á Fundação Mokiti Okada - MOA, desenvolve suas atividades no Brasil desde 1974 e vem se esforçando para que a beleza das flores, do sentimento e da arte chegue rapidamente a um número crescente de pessoas.
Acreditamos que é possível transformar cada lar num pequeno núcleo do paraíso, onde as pessoas convivam em harmonia e o amor encontre base para florescer e expandir-se naturalmente. O Mestre Mokiti Okada, que inspirou o desenvolvimento do estilo Sanguetsu, ensinou que a flor é capaz de tocar o coração do indivíduo, debelando os sentimentos negativos que existem no mundo. Purifica o ambiente e cria uma atmosfera de paz, harmonia e beleza.

Por isso, é muito importante que a humanidade tome consciência da essência da flor, que é simples e profunda, pura e eterna. Vivifica o sentimento humano para um universo de paz, segurança, prosperidade e múltiplas realizações.
O Ikebana Sanguetsu possui técnicas, mas sua principal característica é explorar e enobrecer os sentimentos do homem. Estamos presentes neste blog, para oferecer um primeiro contato com a arte do Ikebana Sanguetsu, divulgar sua história, mostrar que é possível por meio das flores mudar a energia de ambientes, residenciais e profissionais.
A flor é uma obra prima da natureza que traz na sua forma a beleza da energia do Universo.

Alguns estilos destas escolas:




Este é o estilo
Sogetsu







Este é o estilo
Ohara













     Este é o estilo
     Ikenobo















Este é o estilo
Sanguetsu









A origem da palavra ikebana:

  IKE
Provém de três verbos:
- Ikeru, que significa colar, dispor ou arrumar flores;
- Ikiru, que significa viver, tornar vivo ou chegar a verdadeira essência de algo;
- Ikassu, que significa iluminar da melhor forma possível, colocar sob a melhor luz, ajudar a encontrar ou indica a verdadeira essência, tornar a vida mais pura, mais clara.

BANA
Tem o significado literal de flor.

Ikebana é a arte de arranjar flores, ramos e galhos naturais numa composição evidenciando-lhes a beleza. Esta contínua interação com a flor resulta no aflorar e no desenvolvimento da sensibilidade. Esta arte é também uma forma de meditação.
Existem várias maneiras de se olhar uma flor, porém contemplá-la exige um olhar mais aguçado. Descobrir nela suas qualidades estéticas implica, necessáriamnete, observá-la de maneira correta, que é direcionando-a para cima.
A beleza da flor
Quando a fixo compenetrado
Volto a sentir

Quão profundas são

As bênçãos de DEUS


Conheci a alegria do mundo

Ao adornar minha sala

Com a camélia que floresceu no jardim


Aqueles que têm

O desejo ardente

De se igualar á Beleza das Flores

Possuem corações

Que a elas se assemelham                                                                             Mokiti Okada                    
                                                                                                                                                                                                                                                      
                                                                                                                               
A arte da IKEBANA é mais um legado da tradição deste País magnífico que é o Japão para o mundo.
Faço esta arte desde 1985, minha escola é o Kado Sanguetsu, lá aprendi a fazer belos arranjos, também desenvolvi uma sensibilidade que não tinha, a de ver uma planta, seja ela qual for, mesmo as que nós consideramos feias com amor e respeito, pois cada uma delas têm significado para a beleza da natureza.

Quando faço um arranjo coloco todo o meu sentimento positivo, isolando-me dos meus problemas.

Nos arranjos comuns só se valorizam o volume e a quantidade de flores, além de várias plantas serem descartadas, caso estejam tortas, como se tivessem crescido de uma forma errada. Quem pratica a ikebana usa estas plantas como se tivessem movimento, pois na natureza nada é estático. Tem-se respeito pela vida das plantas e com isso faz-se belos arranjos. Além disso cada ikebana tem um toque especial de quem a faz, por fazer os arranjos com sentimentos e com isso praticamos o nosso bem estar.

                                                                                                             
                                                                                                                   
                                                                                                                                 
     "O magnífico cenário da natureza,   Formado por montanhas, rios, plantas e animais   Constitui a arte de DEUS   Criada para alegrar a visão do homem".
          Mokiti Okada                                 

"A flor é uma das obras primas de DEUS

  ELE  a colocou para ser apreciada de todas as maneiras   Toda flor nos faz sentir um toque de pureza   Cada uma delas é especial e cheia de significados   Significados estes que devemos respeitar com o   sentimento a que cada uma delas nos faz sentir."
               Claudine Netto

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