Dando início as aulas de Nihongo!

     日本語
É um prazer estar postando aqui no Japonês Dake, através desta parceria do JD com o meu blog (nihongoforfree.blogspot.com) eu estarei aqui na árdua e prezerosa tarefa de ensinar o japonês para vocês! Espero que vocês gostem, aceito dicas e sugestões, bons estudos a todos!

A língua japonesa é falada no Japão e em comunidades de imigrantes (a maior dessas comunidades se encontra aqui no Brasil) espalhadas pelo mundo. É uma língua caracterizada por um complexo sistema de construções honoríficas que refletem a natureza hierárquica da sociedade japonesa, o vocabulário pode variar totalmente dependendo da classe social, nível de instrução, entre outras coisas que estiverem inseridas no contexto das pessoas envolvidas em uma determinada situação.

Há duas formas da língua consideradas as padrões: hyoujungo (標準語) ou japonês padrão e kyoutsuugo (共通語) ou japonês comum. O governo japonês modernizou a língua e, desta forma a diferença  entre esses dois tipos se atenuou com o tempo.

O japonês padrão pode também ser dividido em bungo (文語), lit. "língua literária", e kougo (口語), "língua oral", que têm regras diferentes de gramática e alguma variação quanto ao vocabulário. Bungo foi o principal método de se escrever japonês até meados dos anos 1940 e ainda tem relevância entre historiadores, acadêmicos e advogados (muitas leis japonesas que permaneceram após a Segunda Guerra Mundial ainda estão escritas em bungo, embora haja esforços em modernizá-las quanto à grafia). Kougo é o método predominante de se falar e escrever japonês na atualidade, embora a gramática e o vocabulário regido por bungo ainda apareça de vez em quando para efeito poético.

É um idioma complexo formado por diversos dialetos, a dificuldade de comunicação dependendo do dialeto pode ser tão grande que nem mesmo os japoneses se entendem, há dialetos que mais parecem idiomas distintos. Nos dialetos, percebe-se uma diferença significativa na gramática e também no vocabulário.

Dialetos de regiões menos centrais, como os dialetos de Touhoku ou Tsushima, podem ser ininteligíveis para pessoas de outras partes do país. O dialeto usado em Kagoshima, na ilha Kyuushuu, ao sul, é famoso por ser ininteligível não só para falantes do japonês padrão mas também a pessoas que vivem em regiões de Kyuushuu vizinhas à Kagoshima.

O Kansai-ben, um grupo de dialetos da região centro-oeste do Japão, é falado por muitos japoneses, pode-se encontrar o Kansai-ben em filmes, mangas, animes e doramas o que o torna uma necessidade no aprendizado após aprender a “língua padrão”.

A “língua padrão” (標準語共通語 mencionados anteriormente) nada mais é que o japonês ensinado nas escolas do Japão e é também o japonês que nós estrangeiros aprendemos. Recentemente, a língua padrão se tornou popular em todo o Japão, graças não somente aos meios de comunicação, mas também à facilidade de locomoção dentro do país através dos sistemas rodoviário, ferroviário e aeroviário. Jovens japoneses geralmente falam seu dialeto local e a língua padrão, mas, na maioria das vezes, o dialeto local também é influenciado pela língua padrão, desta forma surgem versões regionais da própria língua padrão.

A língua japonesa utiliza cinco sistemas de escrita: roumajihiraganakatakanakanji e os algarismos indo-arábicos.

Roumaji: é a romanização da língua japonesa, ou seja, o japonês com as letrinhas que a gente já conhece. É usado para ensinar o japonês aos iniciantes, é também usado para escrever acrônimos como: ONU, OTAN; palavras e nomes japoneses usados em outros paises como: Toyota, Honda, Toshiba, Tanaka, matsumoto, etc.

Não aconselho vocês a se apoiarem no roumaji, por que? Roumaji não é japonês, foi uma forma ocidental de entender o idioma, de ensinar a língua. No começo é necessário, mas quanto mais cedo vocês puderem migrar para o kana (expressão que se refere ao hiragana e katakana como um todo) melhor, usar o roumaji pode gerar um vício e dificultar o aprendizado.
Então, no começo pode mas depois que vocês aprenderem o kana, esquece o roumaji! J

Hiragana: é o silabário mais usado, exatamente pelo fato de ele servir para expressar tudo que for de origem japonesa, o hiragana é usado para escrever palavras para as quais não haja kanji ou o kanji que deseja-se usar não faz parte da lista oficial. É o alfabeto utilizado pelas crianças no aprendizado da língua, pode-se perceber isso nos livros infantis que são todos escritos em hiragana. É usado também nas flexões gramaticais, partículas e no furigana (uma espécie de legenda para palavras escritas em kanji).

Katakana: tem um uso limitado se for comparar com o hiragana, o katakana é o segundo alfabeto que as crianças aprendem após o aprendizado do hiragana. É usado para palavras e nomes estrangeiros, onomatopeias, destaque de palavras (mesma forma que usamos o itálico ou negrito) e nomes científicos.

Apesar de parecer um silabário “menos usado”, é muito importante o aprendizado deste principalmente para quem gosta de ler revistas e mangas, onde o uso do katakana é frequente.

Kanji: Era uma vez...  na China a aproximadamente uns 5000 anos, um tipo de escrita foi inventado se baseando em desenhos que retratavam coisas e situações do dia a dia, isto não é uma coisa incomum na História humana se vocês olharem os hieroglifos egípcios que de certa forma também representavam coisas concretas e abstratas.

Os caracteres criados pelos chineses obviamente eram diferentes dos kanjis que a gente conhece hoje, houve uma evolução gradual até chegar ao traçado que é usado hoje.



Há três tipos de kanji:
 

Os pictográficos que representam objetos e fenômenos do dia a dia. (ex: 火 Fogo, Sol, 雨 Chuva...)

Os ideográficos que representam idéias, sentimentos, coisas abstratas. (ex: um, quatro, em cima...)

Os complexos, que se dividem em dois tipos:

·         Formados por radicais  que juntos formam uma nova ideia. Ex: (claridade. É formado pela combinação dos radicais (sol) e (lua).

·         No segundo tipo, um radical fornece o significado, enquanto o outro a pronúncia. Ex: (Cobre. O radical significa "metal", enquanto radical que significa "igual" () fornece a pronúncia on-yomi "dou")

Os kanjis são usados em verbos, advérbios, adjetivos e substantivos. Possuem duas formas de leitura: a leitura on-yomi (leitura chinesa, usada geralmente em combinações de kanjis) e a leitura kun-yomi (leitura japonesa, usada normalmente quando o kanji é usado isoladamente com significado completo). Ex: 金 leitura on-yomi: kin, kon, gon (dinheiro, metal, ouro); leitura kun-yomi: kane (dinheiro). Neste caso o “kin, kon e gon” serão usados nas combinações, enquanto o “kane” pode ser usado isoladamente.

Existe uma lista determinada pelo governo japonês que diz que dos kanjis utilizados, 1945 kanjis serão de uso comum e ensinados nas escolas. É o jouyou kanji, que para a nossa alegria (rsrs) recentemente incorporou à lista mais alguns kanjis e agora passa a ter 2136 kanjis de uso comum.

Bom, pessoal....  eu acho que por hoje deu para se ter uma noção introdutória boa sobre o idioma, existe uma infinidade de fatos que poderiam ser mencionados, porém o que nós precisamos saber a princípio é uma noção básica do idioma para que possamos progredir para algo mais complexo e prático, uma coisa que todos desejam, certo?!

Um abraço!

Fonte: Wikipedia e o livro Japanese in Mangaland.


by Marcos F.


2 comentários:

  1. Este está sendo o melhor blog com informações para autodidatas em aprender nihongo. Parabéns e continuem o trabalho.

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  2. Meu deus que evolução estúpida deste símbolo de cavalo, esta parecendo os pokémons da versão black white de pokémon.

    Nihongo de fato é uma pedra no sapato, estive estudando 1 ano e meio para um progresso pífio na língua.

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