Geografia do Japão


O Japão é um arquipélago formado por quatro ilhas principais: Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu e mais de três mil ilhas menores. Estende-se a Terra do Sol Nascente de norte a sul, no Extremo Oriente, ao longo da costa do continente asiático, no hemisfério setentrional. O arquipélago está separado do continente por um braço de mar, que tem a denominação do mesmo país, e o lado oposto acha-se banhado pelo maior oceano do mundo: o Pacifico.
       Esta separação colocou barreiras em torno do país, mantendo o Japão isolado, por muitos séculos, da influência total dos povos e das culturas do continente. Pode-se dizer, portanto, que o mar e o oceano participaram também na formação étnica e cultural do atual povo nipônico, pois foram eles que o conservaram até os fins do século XIX, sem que nenhum povo viesse violar a sua formação todo especial. Além disso, o mar e o oceano contribuíram decisivamente na alimentação dos habitantes do arquipélago, suprindo-os, até hoje, com os seus produtos. Deve-se também àquelas barreiras marítimas o desenvolvimento atual da construção naval, em que o Japão é a primeira potência do mundo.
       O território nipônico mede, aproximadamente, 370 mil quilômetros quadrados de superfície, porém apenas um quinto desse total é plano. Uma série de cordilheiras estende-se de norte a sul, ao longo do território estreito, como uma espinha dorsal.
       Essas cordilheiras consistem nos 250 montes com mais de 2.000 metros de altura, sendo o seu ponto culminante o famoso Monte Fuji, que mede 3.776 metros. Tais acidentes geográficos são devidos ao fato de ser o Japão um país vulcânico; existem 192 vulcões, 58 dos quais em atividade.
       Diante desse fato, os japoneses tiveram de enfrentar o problema populacional, visto que a área cultivável é muito limitada para a produção de víveres. Este aspecto acidentado do território pode oferecer algumas vantagens aos habitantes, mas lhes causa constantemente danos e ameaças.
       Além de ser acidentado, o território nipônico é também estreito. Por isso, seus rios, que são numerosos, apresentam um percurso curto e de correnteza rápida. Contribuíram ele bastante no cultivo do arroz. No entanto, por outro lado, causam periodicamente, inundações catastróficas, tragando vidas, arrasando viveres e, muitas vezes, espalhando epidemias.
       Entretanto, nos dias de hoje, os rios vieram oferecer aos japoneses uma fonte inestimável de riqueza: a energia elétrica. Em 1963, contavam-se 1554 usinas hidroelétricas, que participavam no progresso do parque industrial nipônico.
       O clima do Japão é ameno, sendo as quatro estações bem distintas. A primavera é o descortinar das maravilhas da natureza: o desabrochar das flores, entre as quais a cerejeira, símbolo da nação, o verde mimoso a brotar nos ramos despidos das árvores. O verão, quente e úmido, começa após uma temporada de chuvas contínuas, em meados de junho. O outono é a estação mais agradável; o céu límpido, de um azul mais profundo, e as matas, após as primeiras geadas, cobrem-se com o colorido vivo das folhagens, que estão destinadas a cair ao entrar o inverno.
       O inverno, rigorosíssimo ao norte do território, é acompanhado de nevascas violentas; porém, nas regiões sulinas, é mais suave e, muitas vezes, agradável, com os dias de sol a brilhar.
       As condições climáticas são, em parte, favoráveis, mas, por outro lado, o povo vem sofrendo periodicamente os castigos do sol abrasador, das chuvas excessivas, dos rígidos invernos, dos impiedosos tufões e de outros fenômenos da natureza, que deixam a marca de suas garras sobre o País do Sol Nascente. Todavia, essas condições climáticas não deixaram de oferecer também as suas vantagens: as transformações das paisagens pitorescas, de acordo com a mudança das estações. Esta beleza natural criou, no íntimo dos japoneses, a admiração, o amor, o bom gosto e a inspiração para com a arte em geral.
       Estas condições geográficas criaram, naturalmente, no povo nipônico, um caráter inteiramente especial.

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