Tsubasa divulga novo albúm no Brasil

A cada ano que passa, me sinto mais próxima do público brasileiro', disse a cantora


Tsubasa, durante show no Palco Cultural do Festival do Japão
Tsubasa, durante show no Palco Cultural do Festival do Japão
A cantora e compositora japonesa Tsubasa, pelo quarto ano consecutivo, se apresentou no Festival do Japão.
Neste ano, a cantora teve um estande dentro do pavilhão, em que divulgou produtos de sua grife e também seu novo álbum, How to Fly. “O novo CD tem um encarte com as letras das músicas em português especialmente para o Brasil”, disse Tsubasa.
No estande, também havia pôsteres e folhetos turísticos da província de Ishikawa, da qual a cantora foi nomeada embaixadora cultural no início do ano.
Entre as apresentações no evento, Tsubasa conversou com Made in Japan.
A cantora TsubasaA cantora Tsubasa 
Entrevista: Tsubasa
Qual a sua opinião sobre o público e os shows aqui no Festival do Japão?
Como é o quarto ano consecutivo em que me apresento aqui, a cada ano que passa, me sinto mais próxima do público brasileiro. As pessoas enviam mensagens pelo Facebook – “venha novamente ao Brasil!” –, é sempre uma recepção calorosa. As pessoas vêm tirar fotos juntos, abraçam… Fico muito feliz.
Como foi o processo de produção do novo álbum?
Desde o primeiro CD, já se passaram três anos. Neste tempo, com o lançamento do DVD, as turnês no Japão e em outros países, pude viajar e conhecer outros lugares diferentes. Dessas experiências, tive inspiração para escrever algumas músicas. Por exemplo, escrevi uma música na Europa no ano passado, especificamente na Itália e França. Também fiz músicas para comerciais de TV no Japão, e aprendi muito fazendo isso.
Como participei do evento de aniversário do aeroporto de Ishikawa, e como gosto muito de aviões, compus uma música com esse tema: “How to Fly”, que é o título do álbum.
Assim como no primeiro CD, eu componho e gravo a música apenas na voz e violão. Entrego para o Robert [Regonati, produtor], que decide a orientação do álbum, quais músicos participarão e seleciona as músicas. Para o segundo álbum, gravamos no Yellow Dog Studio, no Texas, EUA. É o estúdio de um produtor famoso nos EUA e Inglaterra, Dave Percefull, que trabalhou no Abbey Road, de Londres.
 
How to Fly, segundo álbum da cantora, conta com letras em 
português
How to Fly, segundo álbum da cantora, conta com letras em português
A parte instrumental, de fato, tem estilo muito ocidental. Foi intencional?
As minhas influências, desde quando comecei a tocar, são mais ocidentais, principalmente dos Estados Unidos e Inglaterra. Gosto muito das músicas de Carole King e de Jesse Harris, que escreve as músicas da Norah Jones. Por isso, com todas essas influências, naturalmente, os arranjos musicais vão para o lado ocidental.
No Jpop, há muitas mudanças de nota na mesma música. São oito, nove notas por parte de melodia, e muitas variações. O meu estilo é mais simples, então o arranjo ocidental combina melhor, mesmo com o vocal em japonês.
Você conseguiu conhecer outros lugares, experimentar a comida brasileira…?
Desta vez, cheguei apenas dois dias antes do festival. Foi pouco tempo, então preferi ficar descansando. Apenas fui à Liberdade comer em restaurantes japoneses. Estava com saudade.
Gostaria de fazer mais shows e ficar mais tempo aqui, também para conhecer mais o país.
Antes de vir ao Brasil, você esteve na Europa. Como foi?
Fiz um show na Bulgária, em uma cidade chamada Varna. Depois fui para a Itália, para gravar o videoclipe de uma das músicas do novo CD. Em seguida, três shows na França. Um deles foi um encontro com os fãs, apenas com som acústico, unplugged. Os outros shows foram em Paris e em uma cidade chamada Bussy.
Algumas pessoas, no Brasil, disseram que, ouvindo sua música, não associam imediatamente à música japonesa, mesmo sendo em japonês. Qual sua opinião sobre isso?
Eu não gosto de ser classificada em um estilo definido. Gosto de ter minha música bem livre. Eu valorizo e gosto muito do idioma japonês. Procuro estudar e ouço muito as músicas antigas do Japão, os clássicos, dos anos 40, 50, 60… Naquela geração, eles prezavam muito a beleza do idioma japonês. Hoje, as letras são mais diretas. Falam “eu te amo”, “vamos sair”… Antes, era mais indireto, permitindo que cada pessoa imaginasse a situação do seu jeito.
Colaboração: Henrique Minatogawa

Fonte: MadeinJapan

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