Budismo - Pureza e Moderação
O Budismo é uma religião e filosofia, que nasceu na Índia, que se baseia nos ensinamentos de Siddhārtha Gautama (mais conhecido como Sakyamuni) , que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C.. O homem que escolheu desde então ser chamado de Buda, fundou sua religião, que afirma que todos os elementos que compõe o Universo são ligados. O budismo ensina a seus seguidores a realizar ações benéficas e saudáveis, a evitar as ações maléficas e prejudiciais e a purificar e treinar a mente. O objetivo dessas práticas é despertar o praticante para a realização do anatta (a ausência de uma permanente ou substancial personalidade) e atingir a iluminação, pois esta o levará ao Nirvana. A moralidade budista é sustentada pelos princípios da pureza e moderação. Treinamento mental focaliza a disciplina moral, concentração meditativa e sabedoria.
Daibutsu - O Grande Buda, localizado em Kamakura (Japão)
Enquanto o budismo não nega a existência de seres sobrenaturais (na verdade, muitos citados nas escrituras budistas), ele não relaciona o poder da criação, da salvação ou do julgamento a eles. Como os humanos, eles são considerados como tendo poderes para afetar acontecimentos terrenos e algumas escolas budistas se associam a eles, através dos rituais.
Originário da Índia, o budismo gradualmente se espalhou pela Ásia, Ásia Central, Tibet, Sri Lanka, Sudeste Asiático, como também nos países ao oeste asiático da China, Mongólia, Coréia e Japão.
O Budismo chegou ao Japão no século VI, devido ao intercâmbio cultural entre a península coreana e o arquipélago japonês. Como o Budismo tem muitos pontos em comum com a religião nativa japonesa, o shinto, ele foi rapidamente assimilado pelo povo do país. O grande sucesso do budismo no arquipélago japonês se deve ao fato que ele provê uma escatologia individual à vida espiritual dos japoneses, enquanto mantêm a visão politeísta do Universo, que combina com os vários pontos da religiãoshinto. Além das práticas puramente religiosas, ele introduziu na, cultura japonesa, as palavras sabedoria, compaixão e misericórdia. Chegando ao Japão, o budismo resolveu todos os problemas relacionados à morte, no nível prático (funeral) e no nível espiritual (sobre o destino da alma, após a morte física). O shinto não poderia lidar com isso, por causa de sua rejeição a tudo o que está relacionado com a morte e sangue.
O budismo é praticado em templos e monastérios budistas, administrados por monges ou monjas budistas (obo san). O sacerdócio budista é composto por pessoas que se isolaram do mundo profano para se devotarem inteiramente à vida religiosa. No entanto, é permitido aos membros do sacerdócio budista, manter uma vida familiar. Todos os monges raspam a cabeça e usam um traje simples que parece uma sotaina.Nos templos, o grupo religioso se devota ativamente ao estudo dasEscrituras e à meditação.
O budismo também proporciona ocupações religiosas, públicas e privadas e organiza vários eventos culturais, tradicionais festivais locais, festival do Dia do Ano Novo, celebração do aniversário de Buda, cerimônia de falecimento, etc. Também se responsabiliza em manter locais de culto, que geralmente são considerados tesouros nacionais e administram a manutenção dos cemitérios.
Os mais fervorosos seguidores do budismo vão regularmente ao templo para praticar a meditação ou ler os sutras, enquanto contam as 108 contas de seus rosários (o número 108 simboliza os 108 desejos que afligem a humanidade, de acordo com uma crença budista).
Os menos dedicados, que são a maioria dos japoneses, geralmente vão ao templo para assistir funerais ou rituais em honra aos mortos como Obon, a celebração dos ancestrais, que acontece todo ano, em meados de agosto. Eles prontamente vêm para pedir em suas orações, aos ícones budistas, um favor particular (sucesso em exames, prosperidade em um negócio, cura, sucesso no amor, etc.). Além das práticas religiosas, o budismo está profundamente impregnado na cultura japonesa.
Hoje, firmemente ancorada a cultura japonesa, o budismo é a segunda religião no Japão, em números de seguidores.
fonte: Aliança cultural Brasil-Japão
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