Lanternas japonesas


As lanternas tradicionais de papel são chamadas de Chōchin (提灯) ou Bonbori (ぼんぼり). Esse tipo de luminária oriental é utilizada na maioria dos casos, com fins decorativos, seja nas ruas ou dentro de ambientes ou então em comemorações tradicionais e diversas outras ocasiões especiais como casamentos, aniversários, inaugurações de negócios e festivais (matsuris).

Sua origem é chinesa e se estende por mais de 2.000 anos. Desde então, essa tradição foi se espalhando para outros países asiáticos como Japão, Taiwan, Coreia, entre outros, especialmente devido à propagação do budismo. No ocidente, as luminárias também são muito apreciadas e incluídas em decorações orientais.

Chouchin na entrada de restaurantes e bares


São feitas geralmente de forma artesanal, com materiais como arame, bambu, papel, seda ou vinil e podem ser encontrados em diversos tamanhos, cores, com ou sem ilustrações, que na maioria das vezes são caracteres chineses feitos à mão. É comum vê-los nos bairros chineses, os Chinatowns ou pendurados do lado de fora de lojas e restaurantes para atrair a atenção de clientes em potencial.

Originalmente eram levadas na mão para iluminar o caminho e antes de surgir a energia elétrica, usava-se velas em seu interior, ao contrário de hoje em dia, que é comum o uso de lâmpadas elétricas. Embora, o Chochin feito de papel e seda sejam mais tradicionais, os de vinil são mais resistentes à chuva, sol e vento.

No Japão, também são amplamente encontrados em festivais como o Tanabata, Bon Odori, entre muitos outros matsuris espalhados pelo país. Além de criarem uma atmosfera tipicamente oriental e zen, as luminárias Chouchin são artigos decorativos considerados de baixo custo para serem usados em um evento.

Tipos de lanternas: Bonbori e Chouchin

Dentre as mais tradicionais estão o Bonbori, uma luminária sustentada em uma base vertical, que pode ser usada tanto em ambientes internos de casas ou templos, como ao ar livre, em festivais ou santuários. Geralmente são hexagonais, e podem ter várias formas, desde mais arredondadas como mais quadradas.
Bonbori luminária
Em Kamakura, Província de Kanagawa, há um festival muito popular chamado Bonbori Matsuri (ぼんぼり祭り), realizado anualmente no Santuário Xintoísta Tsurugaoka Hachiman-gu. Centenas de bonboris criados por diversos artistas feitos especialmente para a ocasião, são exibidos na cerimônia.

Já o Chouchin Moji é a luminária estampada com caracteres chineses, cujo formato pode variar entre as esféricas, geralmente vistos em santuários, templos ou durante os festivais e as cilíndricas frequentemente associados com restaurantes e bares, embora também sejam usadas também em santuários e festivais.
Chouchin na entrada de um yakitori restaurantes

História das lanternas

Há muitas histórias fascinantes sobre a origem das lanternas de papel, que se acredita ter mais de 2 mil anos. O uso delas em festivais podem ter começado a partir de festivais realizados por Ying Zheng, o primeiro imperador da China, conhecido por ter tido um mausoléu protegido pelo Exército de Terracota.
Outra lenda popular sobre a origem das lanternas remonta muitos séculos atrás, durante o Período Imperial na China, quando o pássaro favorito do imperador de Jade que vinha do céu para a terra, foi morto por um morador de uma aldeia.
O Imperador de Jade ficou muito zangado pelo que aconteceu e como vingança planejou incendiar a aldeia do morador no dia 15 do calendário lunar. Penalizada, a filha do Imperador de Jade, avisou o morador sobre o plano de seu pai.
chouchin lanternas de papel
O mais velho dos aldeia, afim de evitar a tragédia, deu uma ordem que pendurassem lanternas redondas feitas de papel vermelho na frente das casas nos dias 14, 15 e 16 do calendário lunar para que a aldeia de longe, aparentasse estar em chamas.
No dia 15, o Imperador de Jade enviou um grande número de tropas para destruir a aldeia. Mas antes que eles chegassem ao destino, viram que a aldeia já estava seno queimada pelo fogo. Os soldados avisaram o Imperador de Jade, que ficou satisfeito por ter se sentido vingado e a aldeia foi poupada.

Fonte: Japão em Foco

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