Ukiyo-e - Mundo flutuante

Sabe aquelas imagens super populares japonesas?! elas são da Arte do Ukiyo-e 

(浮世絵, literalmente "retratos do mundo flutuante"), conhecido também por estampa japonesa, é um estilo de pintura similar a xilogravura desenvolvida no Japão ao longo do período Edo (1603-1867). Foi uma técnica amplamente difundida através de pinturas executadas com o auxílio de blocos de madeira usados para impressão entre os séculos XVIII XIX (fim do período Edo).
Ukiyo-e é escrito geralmente com os kanjis 浮世絵, que significam "retratos do mundo flutuante", mas no começo de sua utilização (século XVII) também era chamado de 憂き世絵 ("retratos do mundo triste"). Conforme as pinturas passaram a ser feitas cada vez mais para o entretenimento a forma "retratos do mundo flutuante" se tornou dominante.
Essa forma de arte cresceu em popularidade na cultura metropolitana de Edo (antigo nome de Tóquio) durante a segunda metade do século XVII, tendo se originado das obras monocromáticas de Hishikawa Moronobu na década de 1670. No começo só se usava "tinta indiana". Aprimorada em meados do século XVIII, porem acabou sendo adotada por Hozumi Harunobu que desenvolveu a técnica de impressão policrômica (Nishiki-e).
Vista noturna de Saruwakacho,Utagawa Hiroshige, 1856 da coleção Cem vistas de Edo (名所江戸百景, Meisho Edo Hyakkei). Na direita da rua há três teatros Kabuki.
O Ukiyo-e difundiu-se rapidamente devido à facilidade em ser produzido em massa. Suas obras eram adquiridas principalmente pelos comerciantes burgueses, que geralmente não eram ricos o bastante para encomendar uma pintura original. O tema original do Ukiyo-e era a vida urbana, especificamente atividades e cenas da área do entretenimento: belas cortesãs, lutadores de sumô e atores populares retratados quando ocupados em atividades interessantes. Mais tarde as paisagens também se tornaram populares. Assuntos políticos e os indivíduos da alta sociedade só apareciam raramente. O sexo não era um assunto evitado, ao contrário figurava constantemente nas pinturas do estilo. Os artistas e seus editores às vezes eram punidos por criar retratos particularmente explícitos (os chamados shunga).
Com a abertura forçada do Japão para o Ocidente, em 1858, as imagens difundiram-se nas coleções privadas europeias, ganhando prestígio e influenciando a pintura da Europa, particularmente os impressionistas e, por consequência, os pós-impressionistas.

As cópias de Ukiyo-e eram feitas através dos seguintes passos:
  1. O artista produzia um desenho matriz usando tinta;
  2. Um assistente, então chamado de hikkō, criaria um traço (hanshita) do mestre;
  3. Os artesãos colam esse desenho (hanshita) com a frente para baixo num bloco de madeira. Em seguida talham o bloco nas áreas onde o papel estava em branco, deixando o desenho invertido como uma cópia em relevo no bloco, mas eliminando o desenho original;
  4. Este bloco era colorido e impresso, fazendo cópias próximas à exatidão do desenho original;
  5. Estas cópias por sua vez eram coladas, com a frente para baixo em outros blocos e aquelas áreas da obra que deviam ser impressas em uma cor específica eram deixadas em relevo. Cada um destes blocos imprimiria ao menos uma cor no projeto final;
  6. A combinação resultante dos blocos de madeira eram recoberta em cores diferentes e impressas sequencialmente no papel. A impressão final firma as impressões dos blocos anteriores, sendo que alguns podem ser impressos mais de uma vez para obter uma maior profundidade da cor.






Alguns outros exemplos de ukiyo-e



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